TRAGÉDIA NO JAPÃO: O Derretimento da economia mundial


Bolsa de Tóquio despenca e fecha em queda de 10,55%

Ameaça nuclear contamina e afeta mercado de ações.
Na segunda-feira, prejuízo na Bolsa de Tóquio foi de 6,18%.

A ameaça nuclear contaminou e afetou o mercado japonês. O índice Nikkei, referência para o mercado japonês de ações na Bolsa de Valores de Tóquio, fechou o pregão desta terça-feira (15) em queda de 10,55%, aos 8.605,15 pontos.

Já o índice Topix perdeu 9,47%, aos 766,73 pontos.

O desempenho da Bolsa de Tóquio é reflexo do anúncio do governo de que o nível de radiação na região da usina nuclear de Fukushima está perigoso para a saúde da população e de que foi ampliado o raio de alerta radioativo de 20 km para 30 km na área do complexo.

Na segunda-feira (14), no primeiro dia de negociações após o terremoto e o tsunami, fenômenos que devastaram parte do país, em especial zonas do litoral nordeste, provocando mais de 2.400 mortes, destruição e crise nuclear, a bolsa de Tóquio fechou com perdas de 6,18%. Nem pesada injeção financeira do Banco Central japonês (BOJ) reanimou o mercado.

Após alerta nuclear no Japão, bolsas europeias perdem 3% nesta manhã

Mercado está atento ao alerta do Japão sobre alta nos níveis de radiação.
Índice das principais ações europeias recuava pelo quinto pregão seguido.

As bolsas de valores da Europa caíam mais de 3% nesta terça-feira (15), atingindo o menor patamar em 14 semanas após o Japão alertar sobre uma elevação considerável nos níveis de radiação decorrentes de explosões em uma das usinas nucleares afetadas pelo terremoto de sexta-feira (11).

O apetite caía ainda mais por ativos de maior risco, como ações. O índice de volatilidade VDAX-NEW disparava 30%, para a máxima em mais de nove meses. A bolsa do Japão despencou mais de 10%, com os dois últimos dias de queda tirando US$ 620 bilhões do mercado.

Às 7h48 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 declinava pelo quinto pregão seguido, perdendo 3,22%, aos 1.073 pontos. Mais cedo, o índice caiu a 1.067 pontos, o menor patamar desde o início de dezembro.

“O mercado fará o melhor para precificar o pior cenário possível e nós iremos progredir a partir daí. Mas a situação é muito fluida e está mudando de hora em hora, e nós também temos de considerar os eventos no Oriente Médio”, disse Keith Bowman, analista de ações da Hargreaves Lansdown.

“Os fundos japoneses têm uma considerável quantia de dívida estrangeira, e há preocupações de que os eventos possam fazê-los vender parte de suas dívidas e repatriar os fundos.”

Com níveis baixos de radiação rumando para Tóquio, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu que as pessoas em um raio de 30 quilômetros da usina fiquem em casa.

As montadoras de veículos tinham o pior desempenho, com o índice do setor caindo 4,6% após fechamentos de usinas e preocupações sobre a oferta de autopeças. A BMW caía 4%, enquanto a Daimler AG se depreciava 5%.

O índice STOXX Europe 600 do setor de seguros caía 3,7%, com a AXA perdendo 3,2% e a Prudential recuando 3,83%.
Banco do Japão injeta US$ 185 bi para apoiar mercado

Ações do setor automotivo japonês caíram 10%, nesta segunda-feira, na Bolsa de Tóquio

O Banco do Japão ampliou nesta segunda-feira, 14, a injeção recorde nos mercados financeiros para 15 trilhões de ienes (cerca de US$ 185 bilhões), em operação financeira que visa acalmar os mercados, após o terremoto e tsunami que golpearam o nordeste do Japão na sexta-feira.

Esta é a primeira operação desse tipo desde maio do ano passado, quando a crise da dívida da Grécia sacudiu os mercados financeiros. A elevação do aporte veio poucas horas depois de o país asiático anunciar que injetaria 7 trilhões de ienes, (cerca de US$ 85,5 bilhões) no mercado.

As ações do setor automotivo japonês caíram nesta segunda-feira na Bolsa de Tóquio pouco depois da abertura do pregão, pois as montadoras suspenderam a produção depois do terremoto. Nas últimas horas as ações da Toyota, a maior montadora do japonesa, haviam caído 10%; as da Nissan, 11% e os papéis da Honda tinham despencado 8%.
Como fica a economia japonesa

Provavelmente acontecerá um êxodo em grande escala na região do entorno da instalação Fukushima para outras regiões do Japão. Isto paralisará de vez a economia.
Depois que a central nuclear foi paralisada, falta energia para a indústria, esta provocará um fechamento em série das fábricas: A indústria automobilística do Japão está paralisada.

E agora vem: A economia mundial treme junto com os japoneses.
Derretimento financeiro já na próxima semana?

Sim, o mundo pode tremer tranqüilamente junto com os japoneses. Sobretudo as seguradoras, especialmente aquelas que oferecem seguro às seguradoras, contra riscos no Japão. Pois o Japão é uma potência econômica altamente desenvolvida, com imensa interação internacional – e valores monstruosos que agora foram destruídos. Muitos destes estão segurados e devem ser ressarcidos pelas companhias de seguro.
Apenas quando o total dos prejuízos forem apurados e alocados a cada seguradora individualmente, estes podem derrubar estas empresas – com o correspondente efeito dominó, mundo afora.

Além disso, deve-se considerar que a reconstrução consumirá uma gigantesca soma. O Japão deverá diminuir uma parte de suas reservas, pois muito deverá ser importado para a reconstrução. Simultaneamente a exportação diminuirá, pois muitas fábricas estarão paralisadas. Com isso acabou o apoio japonês ao Dólar e Euro.
Existem ainda outros focos de crise financeira

A catástrofe no Japão não seria problemático, caso não existisse uma crise financeira mundial:

- os EUA estão diante da bancarrota, o mesmo vale par ao Dólar

- na Zona do Euro, morre um PIG atrás do outro, agora Portugal, depois a Espanha

- a China está madura para um maciço crash, principalmente nos imóveis

- a inflação mundial explode no momento, vindo das matérias-primas

- tudo aponta para uma quebra dos títulos por toda parte, principalmente depois que o maior administrador de fundos de investimentos, a Pimco, se desfez de todos seus títulos do tesouro dos EUA

- as cotações do ouro e da prata não podem mais ser mantidas sob controle; é esperado em breve uma explosão dos preços

- as revoluções nos países árabes alcançam agora os países produtores de petróleo como a Líbia e a Arábia Saudita

Se apenas um destes focos de crise econômica se agravar, todo o sistema financeiro mundial vai desabar.

Recomenda-se estar atento ao preço do ouro. Provavelmente ele subirá para 1.500 US$/onça. Isso desencadeará uma fuga incontrolável de todos os papéis para o ouro – uma espécie de terremoto, dentro de poucas horas. Nós estamos perto disto.

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